Isto agora é todos os dias

Isto começa a ser o pão nosso de cada dia agora. Outro dia uns jagunços pegaram-se à tareia, alarme pessoal de um guarda, todo o pessoal disponível a acorrer ao incidente, ontem, uma situação de refém, começo a apanhá-las a todas, é impressionante. Um gajinho ontem, não satisfeito por ter perdido certas regalias, fez uma das guardas refém, ao que parece tinha um objecto cortante qualquer encostado ao pescoço dela, isto segundo nos informaram depois. Demorou 3 horas para ser resolvido, tendo sido preciso chamar negociadores lá da prisão, a unidade especial que eles têm para lidar com estes casos e rebentado com a porta da cela onde ele se tinha fechado com ela. Imagino como ela não se deverá ter sentido e ainda por cima é uma pessoa com quem até me dou bem e simpatizo. E depois é a responsabilidade. É que o alarme pessoal só é activado pela pessoa quando esta se sente mesmo ameaçada pelo preso, ou seja, em último caso mesmo. Nós lá em cima na sala de controlo a única coisa que podemos fazer é mandar o pessoal para o local e esperar para ver o que nos dizem, pois não temos acesso à informação no momento. E é o esperar pelo desenrolar da coisa, esperando que acabe da melhor maneira, como acabou por acontecer passadas 3 horas. Quanto ao gajinho foi logo despachado para outra prisão, nem aqueceu o lugar na segregação.